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Banquete Literário – As várias vozes que ecoam uma história

Na manhã desta quarta-feira (14), o Parque Belvedere foi cenário da 3ª edição do Banquete Literário com o tema As várias vozes que ecoam uma história. Para compor este banquete, o menu foi recheado de obras e movimentos culturais que foram servidos pelos estudantes do 3º ano do Ensino Médio na disciplina de Literatura da professora Suellen.

As obras apresentadas foram Senhora e Iracema de José de Alencar; Dom Casmurro a Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis; Vidas Secas de Graciliano Ramos; Rosa de Hiroshima de Vinícius de Moraes; A Hora da Estrela de Clarice Lispector, Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa e Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto.

Para iniciar a programação, Jalane Maia, nossa psicóloga, foi “desafiada” por Suellen a compor uma poesia que resumisse todas as obras e temas trabalhos nesta edição do Banquete. Jalane, que não ia perder esse oportunidade e também adora um desafio, nos brindou com esta linda poesia chamada Vamos botar na roda, na roda da consciência, reproduzida logo abaixo.

Em seguida os estudantes fizeram apresentações magistrais ao longo de toda a manhã. Para nossa surpresa, nossa artista Celys também nos brindou com toadas retratando a história do canganço e sobre a realidade do sertão, bioma este no qual Paulo Afonso está inserido.

E por falar em banquete, não poderia faltar aquele lanchinho para tornar a programação ainda mais deliciosa. O Banquete Literário encerra os trabalhos da disciplina de Literatura. Parabenizamos aos alunos pelos lindos trabalhos apresentados!

Vamos botar na roda, na roda da consciência!

Chega aí galera! Vou dar uma ideia cheque pra vcs!
Que tal "estalquear" a vida e obra desse povo nosso que fez história,
arte e cultura num tempo em que era difícil ser " freguês"?
Vamos botar na roda, na roda da consciência o sertão dentro de mim e de vocês,
através de "vidas secas", de "macabeia", "o grande sertão veredas" nosso de cada dia,
descortinando preconceitos e denunciando mazelas!
Somos todos "Macabeia", pessimistas, com sentimentos e complexo de inferioridade!
Simbora assumir a grandiosidade desse sertão gigante em povo, arte, cultura e inteligência!
E não esqueçam, o sertão vive em mim e em vocês!
"Morte e vida Severina" aos nossos sentimentos de atraso e menos valia!
Vamos vencer a violência nossa de cada dia!
Vamos botar na roda, na roda da consciência a " rosa de Hiroshima" que está viva nas nossas ações cotidianas!
A violência é uma rosa hereditária, estúpida e inválida!
Vivemos todos como "Braz Cubas"!
A burguesia e o materialismo comanda nossa vida!
Que tal ser, ao invés de ter?
Somos todos "Iracema", a índia dos lábios de mel, somos um povo miscigenado, misturado e forte!
É preciso força e coragem para vencer a morte!
O tropicalismo está dentro de nós!
Vive e pulsa como sangue em nossas veias para denunciar abusos e violências sociais!
Não seremos "Capitu", nesse momento!
Dissimular nossos sentimentos, faria de nós covardes com nosso povo!
Romantismo nos salva dos piores momentos, mas somente idealizar, sem praticar o amor, é em vão!
Por isso, vamos agradecer aos nossos artistas e escritores, vamos botar na roda,
na roda da consciência que sem eles, seríamos um povo sem história, sem crítica e sem noção!
Somos um só coração! Somos um só povo, respeite esse moço, pois somos Brasil, meu irmão!

Jalane Moura Maia Bezerra
Psicóloga clínica e escolar (UFBA)
Especialista em psicossomática (IJBA)
Mestranda em extensão rural (UNIVASF)

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Suzana Lima – Assessoria de Comunicação