A jovem Clara Maria Barbosa Teodoro, concluinte do Ensino Médio - 2015 do Colégio Montessori, hoje graduanda, cursando o último semestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), juntamente com mais 3 colegas de curso, orientados pelos professores do mesmo departamento, Bruno Lima e Lúcia Veras, participaram do Concurso Internacional Kaira Looro, uma instituição sem fins lucrativos que organiza concursos abertos a estudantes e jovens arquitetos com o objetivo de fomentar projetos humanitários em países em desenvolvimento e lançar luz sobre novos talentos da arquitetura.

O concurso consiste na apresentação de propostas para a construção da Casa das Mulheres, a ser erguida no município de Bagharé, no Senegal, através de uma arquitetura simbólica, ecológica e inspirada nas tradições locais. A referida proposta, única brasileira, figurou dentre as dez melhores apresentadas. A seleção envolveu profissionais de mais de 20 países e foi aberto para participação de arquitetos e estudantes.

Clara é natural de Arapiraca – AL, terra natal de seus pais, porém, criada em Paulo Afonso, onde iniciou os seus primeiros anos de estudo, passando pelo Colégio Montessori, instituição que segundo ela foi fundamental para conquista de vaga no curso de Arquitetura e Urbanismo na UFPE, além é claro, do apoio de sua família. “Desde a infância minha família sempre me incentivou a ter contato com a arte, então desde jovem já tinha interesse em uma profissão que me permitisse ir além de questões tecnicistas. Estudar no Colégio Montessori foi fundamental para que eu tivesse o apoio que precisava para garantir uma vaga em uma boa universidade. Com o trabalho excepcional e o incentivo constante dos professores, construí junto a eles a rotina necessária para entrar na UFPE. Essa rotina foi perpetuada para o ambiente acadêmico, em que tive a sorte de ser acompanhada por mestres apaixonados pela Arquitetura e Urbanismo que, desde os primeiros períodos, cultivam nos discentes o anseio por mais desafios, sejam eles a iniciação científica, os estágios profissionais, ou, como neste caso, as competições de arquitetura”.

Desenvolver o premiado projeto em meio a uma pandemia foi mais um desafio para a graduanda, que diz: “Apesar do cenário pandêmico, eu e meus amigos utilizamos esse momento para realizar os trabalhos remotamente. Com certeza não foi uma experiência fácil, mas buscamos nos motivar para que continuássemos com o desenvolvimento do projeto. Quando muito cansados, buscávamos diminuir pontualmente a duração das reuniões, mas sempre mantendo a frequência. Por fim, felizmente pudemos trazer essa premiação pro nosso país”.